Entre os dias 10 e 13 de setembro, em Viena, Áustria, ocorreu a reunião do Grupo de Trabalho Técnico sobre Dessalinização Nuclear (TWG-ND) da AIEA, reunindo especialistas internacionais. O Brasil foi representado por pesquisadores que apresentaram o Projeto DESSAL, desenvolvido em parceira científica pela COPPE com os Programas de Engenharia Nuclear (PEN) e Engenharia Mecânica (PEM) da UFRJ e tem como foco principal atender às necessidades de dessalinização no país por meio de um microrreator nuclear.
O evento contou com a participação de renomados especialistas, como o Dr. Leon Awerbuch, referência mundial em dessalinização e tratamento de água. A abertura ficou a cargo do Dr. Mikhail Chudakov, vice-diretor do Departamento de Energia Nuclear da AIEA.
Um dos principais temas discutidos foi a pesquisa em Destilação por Membrana (MD), uma tecnologia inovadora que utiliza calor residual para otimizar processos de dessalinização. Essa pesquisa é liderada por professores do Programa de Engenharia Mecânica (PEM) da COPPE-UFRJ. A Profª. Carolina Cotta coordena o trabalho no Laboratório de Nano e Microfluídica (LabMEMS), com financiamento da Petrogal Brasil via ANP, enquanto o Prof. Renato Cotta supervisiona uma iniciativa em parceria com a AMAZUL, com financiamento da FAPERJ.
De acordo com a professora Inayá Lima, do PEN, "a dessalinização utilizando microrreatores nucleares é uma solução inovadora para atender à crescente demanda por água potável em áreas com escassez hídrica. Microrreatores são pequenas instalações modulares que operam de forma autônoma e contínua, gerando eletricidade e calor a partir de energia nuclear. Esse calor pode ser aproveitado em processos de dessalinização, como destilação ou osmose reversa, removendo o sal da água do mar e tornando-a potável. Com capacidade de operar em regiões remotas e pouca necessidade de manutenção, os microrreatores oferecem uma fonte confiável e eficiente de energia para dessalinização, contribuindo de forma sustentável para a segurança hídrica em todo o mundo."
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Fonte: Prof. Renato Cotta
No dia 25 de setembro, às 9h30, o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN) promove o evento "Energia que Cuida", em apoio à campanha do Setembro Amarelo, dedicada à conscientização sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio. A psicóloga Carla Goltara, especialista em gestão e liderança de pessoas pela UFRJ, ministrará uma palestra sobre como identificar sinais de depressão e oferecer apoio a quem precisa.
Após a palestra, será servido um café para os participantes, junto com a distribuição de laços amarelos, símbolo da campanha. Além disso, serão concedidos certificados de participação para todos os presentes.
Venha fazer parte dessa iniciativa essencial!
Data: 25 de setembro (quarta-feira)
Horário: 9:30h
Local: Auditório do IEN, Cidade Universitária da UFRJ
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Na última terça-feira (10), a NUCLEP recebeu pela primeira vez os estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia Nuclear da UFRJ, em uma visita oficial organizada pela professora Inayá Lima, da Escola Politécnica e da COPPE , e pelo presidente da NUCLEP, Almirante Carlos Seixas. Essa visita marcou o início de um diálogo significativo entre duas importantes Instituições Públicas, destacando o compromisso em fortalecer a integração entre a academia e a indústria.A NUCLEP, localizada em Itaguaí, no Rio de Janeiro, é a única indústria brasileira capacitada a fabricar equipamentos pesados e estratégicos para os setores nuclear, de energia, óleo e gás, e defesa. Sua relevância é notável, principalmente em relação ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e às usinas nucleares de Angra 1 e 2, tendo também contribuído com a fabricação de diversos materiais para Angra 3. Como única empresa nacional desse porte, a NUCLEP desempenha um papel crucial na infraestrutura industrial do país. A professora Inayá Lima ressaltou a importância dessa iniciativa para os alunos de Graduação e Pós-graduação, reforçando o impacto dessa experiência prática no desenvolvimento de futuros engenheiros nucleares. “Essa visita estabelece um marco entre essas duas instituições públicas, proporcionando uma valiosa oportunidade de aproximação entre os alunos e a indústria”, afirmou Inayá. O presidente da NUCLEP, Almirante Carlos Seixas, destacou a importância de receber os futuros profissionais do setor nuclear, apontando a visita como um primeiro passo para fortalecer a relação entre a UFRJ e a NUCLEP. Além disso, ele compartilhou seu conhecimento sobre o PROSUB e os equipamentos das usinas de Angra, inspirando os alunos e reforçando o papel vital da NUCLEP para o desenvolvimento industrial do Brasil. A expectativa é que essa visita seja a primeira de muitas, consolidando uma parceria contínua e enriquecedora para a formação de novos talentos na área nuclear.
“Eu tive oportunidade de conhecer de perto a NUCLEP, que é uma empresa que eu sempre ouvi falar depois que entrei no curso e para mim foi uma experiência muito interessante, foi ótimo estar lá. Eu pude conhecer mais sobre a montagem de peças e produtos da minha área que é o curso de Engenharia Nuclear e ver essa tecnologia dos produtos construídos lá, a precisão do corte, da moldagem desse materias e toda a tecnologia e segurança envolvida na produção desses materiais me ajudou a compreender mais a complexidade e a importância dessa fábrica e desse setor para o país, não só no aspecto econômico como no de segurança e tecnologia também.” Maria Paula Santos - Estudante de Graduação da Engenharia Nuclear – CT – UFRJ
“Receber a turma de graduação em Engenharia Nuclear da UFRJ na NUCLEP é algo muito especial para mim. Depois de tantos anos de carreira e estando cursando o doutorado na mesma área, sinto um orgulho imenso em poder compartilhar experiências e conhecimento com as novas gerações durante essa visita técnica. Essa primeira visita marca um momento histórico tanto para a empresa quanto para os alunos, pois representa o futuro da engenharia nuclear e reforça o compromisso da NUCLEP com o desenvolvimento tecnológico e o aprendizado contínuo no setor Nuclear.” Jairo Bastos - Estudante de Doutorado PEN/COPPE e trabalhador NUCLEP.
Fonte: NUCLEP