O Comando da 1ª Região Militar está com inscrições abertas para o Processo Seletivo de Oficiais Técnicos Temporários.
As inscrições ocorrerão de forma online, na página do Serviço Militar, de 20 de agosto a 09 de setembro de 2024, até às 12:00 horas do último dia.
Confira o Edital AQUI.
Link da inscrição AQUI.
Convidado: Eugênio Rangel Marins - Tecnologista do Instituto de Engenharia Nuclear – IEN/CNEN
A parceria de longa data entre o Programa de Engenharia Nuclear (PEN) e o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) tem gerado resultados notáveis, tanto na formação acadêmica quanto na divulgação da área. A fala do aluno de Graduação Lucas Rubio foi inspirada na Palestra Museu do Conhecimento Nuclear de Eugênio Rangel Marins - Tecnologista do Instituto de Engenharia Nuclear – IEN/CNEN.
Lucas Rubio, atualmente estudante de Engenharia Nuclear, revelou como o contato com o IEN foi crucial para sua trajetória acadêmica. "Eu estudei 5 anos na Faculdade de Letras e nunca soube que havia um reator nuclear na Ilha do Fundão. Foi só ao me aproximar do IEN, que tive a oportunidade de fazer uma visita ao reator. A visita foi tão enriquecedora que produzi conteúdo para a internet sobre a experiência", contou Rubio.
Ele destacou o impacto que esse evento teve em sua vida. "Esse pequeno chaveiro que ganhei durante a visita foi um símbolo poderoso. Me inspirou a fazer o ENEM e, hoje, estou aqui na Engenharia Nuclear. Esse tipo de divulgação é fundamental. A divulgação sobre o que é a engenharia nuclear e suas aplicações pode abrir portas para muitos jovens, como aconteceu comigo."
Rubio também fez questão de ressaltar a importância de levar o conhecimento sobre energia nuclear para além dos círculos acadêmicos. "Fui professor na rede estadual de Belford Roxo e realizei um mini curso de energia nuclear antes mesmo de me dedicar oficialmente à área. Os alunos tinham um enorme interesse pelo tema, o que mostra o potencial que há fora dos grandes centros. Acredito que devemos ir até essas pessoas e desmistificar o assunto, mostrando como a energia nuclear é relevante para nossas vidas."
O aluno enfatizou que há uma grande quantidade de talentos em potencial em localidades como Belford Roxo, Duque de Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu. "Precisamos alcançar essas regiões e trabalhar para que mais jovens se interessem pela engenharia nuclear. Estou disposto a contribuir para isso e sei que muitos colegas da graduação também estão."
Rubio concluiu sua declaração com um agradecimento ao IEN e à sua equipe. "A excelente apresentação e a oportunidade que tive me inspiraram profundamente. Agradeço por isso e estou comprometido em promover a engenharia nuclear e suas oportunidades."
A parceria entre o PEN e o IEN continua a desempenhar um papel vital na formação de novos engenheiros e na promoção da área de engenharia nuclear, reforçando a importância da divulgação e do acesso ao conhecimento científico e tecnológico.
A Profª Inayá Lima, da Escola Politécnica da Engenharia Nuclear da UFRJ e coordenadora da pós-graduação da COPPE/UFRJ, participa do XV SIEN - Seminário Internacional de Energia Nuclear, que acontece no Rio de Janeiro nesta semana.
Inaya Lima foi a única mulher autoridade a compor a mesa de abertura ao lado de grandes nomes do setor, como o assessor da Presidência da EPE, Giovani Machado; o Presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo; o Presidente da INB, Adauto Seixas; o Presidente da Amazul, Newton Costa Neto; o presidente da Nuclep, Seixas (na foto) e o Almirante de Esquadra Petrônio Siqueira de Aguiar, da Secretaria Naval de Segurança e Qualidade da MB.
Além de sua participação na mesa de abertura, a Profa. Inaya Lima conduziu duas palestras durante o seminário: uma sobre Capacitação Pessoal – Planejamento de Médio Prazo (2040) e uma Mesa Redonda sobre a Participação Feminina no Setor Nuclear – Avanços e Obstáculos.
O seminário promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro reuniu as principais autoridades do setor nuclear para discutir o potencial do Brasil em se tornar uma potência nuclear global. O evento, que contou com a participação dos Professores do PEN, Prof. Aquilino Senra, que fez parte da última mesa do dia, e da Profª. Inayá Lima, que esteve presente como uma das convidadas ilustres da Frente Parlamentar para celebrar o evento.
O Brasil possui uma das maiores reservas de Urânio do mundo e detém a tecnologia necessária para todas as etapas do ciclo de produção de combustível nuclear, incluindo o enriquecimento. Apesar dessas vantagens, o país ainda enfrenta desafios significativos, principalmente devido à falta de investimentos estratégicos que têm limitado seu potencial no cenário nuclear global. Durante o seminário, o Deputado Júlio Lopes (PP-RJ) destacou que o Brasil, com 309 mil toneladas de Urânio conhecidas, não conseguiu vender sequer 1 kg do recurso nos últimos anos, mesmo com reservas estimadas em 64 bilhões de reais.
Outro ponto crítico discutido foi o atraso do Brasil no uso da tecnologia nuclear para fins medicinais, onde o país está atrás de vizinhos como Argentina e Chile. Entretanto, o tema que mais chamou a atenção foi a retomada da construção da usina de Angra 3, cujas obras iniciadas e paralisadas nos anos 80 são vistas como fundamentais para o fortalecimento da matriz energética nacional. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Francisco Rondinelli Júnior, expressou confiança na retomada do projeto, apesar do alto custo envolvido.
A Engenharia Nuclear da UFRJ reforçou a importância deste debate, destacando seu compromisso em formar profissionais capacitados e desenvolver pesquisas que ajudem o Brasil a alcançar seu pleno potencial nesse setor estratégico.