Na noite de 29 de junho de 2023, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi contatada por uma mineradora de Mineira, para relatar o desaparecimento de duas fontes seladas de césio 137 que supostamente poderiam ter sido roubadas.
A CNEN esteve no local no dia 30 de junho para coletar e analisar todas as informações em conjunto com a proteção radiológica da empresa. A busca e localização da fonte agora resultará em uma investigação policial. No dia 5 de julho, a Diretoria de Proteção e Segurança Radiológica (DRS/CNEN) enviou uma equipe de licenciamento para investigar as circunstâncias do acidente.
No que diz respeito as duas fontes seladas de Césio 137; elas são duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto, são constituídas em módulos cerâmicos e dispostos dentro destas blindagens o que não representa riscos e dispersão de material ao meio ambiente e ao contato humano. As fontes radioativas são completamente encapsuladas, e isso significa que o material radioativo, geralmente em uma forma quimicamente estável, é armazenado em uma cápsula durável dentro da blindagem. Toda essa configuração é capaz de absorver a radiação gama até os limites permitidos.
Ademais estas fontes representam baixo risco, possuem atividade individual de 5 mCi e compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco.
Cabe aqui ressaltar que estas fontes têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que a do acidente de Goiânia. Além disso, essas fontes são confeccionadas em material cerâmico, ou seja, mesmo que fossem violadas em seus invólucros duplos de aço inox não seriam espalháveis e dispersíveis como foi a fonte do acidente em Goiânia. Para que haja um possível dano a saúde, o indivíduo deveria estar em contato direto por um período muito prolongado com o material.
Fonte: DRS/CNEN
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