14 06 PEN Tenologia nuclear auxilia NoticiaTecnologia nuclear tem se mostrado uma aliada poderosa no campo da saúde, especialmente através da medicina nuclear e, nos últimos anos, com o desenvolvimento de hidrogéis com nanopartículas de prata irradiados, produzidos por irradiação gama ou feixe de elétrons. Na segunda-feira, 10, lotes desses curativos inovadores, desenvolvidos no Laboratório do SisNANO da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)NuclearNano, foram enviados ao Rio Grande do Sul para auxiliar no tratamento de cavalos resgatados de uma hotelaria em Eldorado do Sul (RS).

Vítimas de "síndrome de imersão" – o popular "choque térmico", os cavalos apresentam lesões graves na pele, o maior órgão do corpo desses equinos. Em alguns casos, até 50% da pele está lesioanda, comprometendo a parte sistêmica e exigindo cuidados especiais para prevenir infecções e promover a cicatrização com segurança. Reconhecendo a gravidade da situação, um grupo de veterinários da Clinvet Guadalupe, responsáveis pelo tratamento dos animais, procurou os pesquisadores do NuclearNano em busca de colaboração para tentar salvar os cavalos.
Ademar Benévolo Lugão, coordenador do NuclearNano, explica que os curativos à base de hidrogéis com nanopartículas de prata passam pelo processo de irradiação, ocorrendo a gelificação de forma simultânea à esterilização do curativo. O pesquisador ressalta que a irradiação também colabora para a formação e a estabilidade das nanopartículas de prata. “Como o o processo utiliza apenas uma etapa de esterilização por radiação, permite que os curativos sejam produzidos com custos baixíssimos, em torno de R$ 1 poe curativo de 100cm2”, acrescenta Lugão.

Os hidrogeis são irradiados no Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN em São Paulo, localizada na Cidade Universitária. Compostos por 90% de água, propiciam um ambiente úmido que, de acordo com Lugão, estimula a recuperação das lesões. “Além disso, é totalmente transparente, permeável ao oxigênio, não aderente à ferida, resistente à manipulação por enfermeiros, porém, extremamente macio, de forma a se constituir numa segunda pele, diminuindo ou mesmo eliminando a dor das feridas”, afirma o pesquisador.

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Fonte: Comissão Nacional de Energia Nuclear

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