23 06 PEN RepresentaçãoAgencia noticiaA Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (22), após sabatina, a indicação da diplomata Claudia Vieira Santos para a chefia da representação brasileira junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fica em Viena, na Áustria. A MSF 33/2023, com a indicação de Claudia Vieira Santos, segue agora à análise do Plenário do Senado.

Formada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diplomata tem mestrado em Relações Internacionais e Comunicação pela Boston University, em Massachussetts (EUA), tendo entrado para o Instituto Rio Branco, do Itamaraty, em 1994. Serviu ao Brasil em Moscou, Roma, Tóquio, Paris e Nova Delhi. Entre 2013 e 2015, trabalhou no gabinete do ministro das Relações Exteriores. Claudia Vieira Santos é ministra de primeira classe desde 2022. Atualmente é diretora do Departamento de Energia do Itamaraty.

O relatório sobre a indicação presidencial foi feito pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que destacou a relevância cada vez maior da energia nuclear para o Brasil. 

— O uso da energia nuclear é uma questão de grande interesse estratégico para o Brasil. Contamos com as usinas Angra 1 e 2, com a possibilidade de Angra 3 ser concluída nos próximos anos. Produzimos e comercializamos materiais nucleares, como urânio enriquecido. Além disso, está em fase final o desenvolvimento do sistema de propulsão nuclear de submarinos, com a realização do teste de imersão em grande profundidade do submarino Humaitá em março — disse Dorinha Seabra.

A senadora acrescentou que no final de 2022 foi aprovada a Emenda Constitucional 118, viabilizando a produção de radioisótopos para pesquisa e uso médico pela iniciativa privada, visando expandir a medicina nuclear no Brasil.

Matriz de energia

Na sabatina, Claudia Vieira Santos destacou o aprofundamento da percepção mundial sobre o papel que a energia nuclear poderá vir a desempenhar no futuro, tanto para a garantia da segurança energética dos países, como também no cumprimento de metas visando à descarbonização das economias. A energia nuclear pode constituir alternativa ambientalmente vantajosa ao uso de combustíveis fósseis.

Ela lembrou que, em 2021 — pela primeira vez desde o acidente de Fukushima, no Japão, dez anos antes —, a AIEA revisou para cima a projeção sobre o crescimento potencial da capacidade de geração de energia nuclear para as próximas décadas, tendência que se repetiu em 2022. Estima-se que a energia nuclear poderá vir a representar até 14% da matriz mundial de eletricidade em 2050. A proporção atual é de 9,8%. Segundo o relatório Nuclear Technology Review (da AIEA), mencionado pela diplomata, chegam a 50 o número de países que teriam demonstrado interesse em desenvolver um programa nuclear.

Parceria

Claudia Vieira Santos também chamou atenção para vantagens do Brasil em relação ao uso de energia nuclear. Pois além de o país dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio e deter importantes reservas do mineral, a extensão e heterogeneidade de seu território torna a fonte nuclear alternativa estratégica para garantir a segurança energética, sobretudo em áreas remotas.

— Na implementação e consolidação das vertentes do programa nuclear relativas à energia nuclear, o Brasil só tem a ganhar no aprofundamento de sua parceria nesse campo com a AIEA, que reúne conhecimento e experiência sem paralelo na área — lembrou a diplomata. 

AIEA

Criada em 1957, a AIEA, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), visa assegurar assistência aos países no campo da energia nuclear, promovendo fins exclusivamente pacíficos.

De acordo com a mensagem enviada ao Senado pelo Poder Executivo, o Brasil tem atuado para que se reforcem as atividades de cooperação técnica da AIEA, em particular com os países em desenvolvimento. Um dos focos de atuação do Brasil junto à AIEA, diz a MSG 33/2023, vem a ser o apoio à Comissão Preparatória da futura Organização para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (PrepCom/CTBTO).

O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), que proscreve testes explosivos nucleares na atmosfera, sob o solo e sob a água, foi adotado em 1996 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. O Brasil esteve entre os primeiros signatários do tratado, e o ratificou dois anos depois. Mas a entrada em vigor do CTBT ainda depende da adesão e ratificação por parte de todos os 44 países detentores de capacidades nucleares relevantes, dos quais oito ainda não cumpriram integralmente aquelas formalidades: China, Egito, Estados Unidos, Irã e Israel assinaram, mas não ratificaram; enquanto a Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte se mantêm ao largo do tratado.

Ainda de acordo com o documento encaminhado aos senadores, as principais áreas de atuação da AIEA são:

1. Energia nuclear (apoio a programas nucleares nacionais em suas vertentes de planejamento, operação e conhecimento na área nuclear);

2. Salvaguardas (fornecimento de comprovação crível de que o material nuclear declarado pelos países não foi desviado para a fabricação de explosivos nucleares);

3. Segurança técnica e física (a operação segura de materiais e instalações nucleares e o impedimento de acesso de agentes não autorizados a materiais ou instalações nucleares);

4. Aplicações e ciências nucleares (atividades voltadas ao desenvolvimento econômico e social, como agricultura, alimentação e saúde).

5. Cooperação técnica (capacitação, treinamento e disseminação de conhecimentos e técnicas no campo nuclear)

 

Fonte: Agência Senado
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23 06 PEN MCTIeFinep noticiaSeis startups serão aceleradas e premiadas com valor total de R$ 1,8 milhão. Edital foi lançado nesta quarta-feira (21)

A 4ª edição do Programa Mulheres Inovadoras foi lançada nesta quarta-feira (21) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O programa tem como objetivo estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira.

Seis startups de cada uma das regiões do país serão aceleradas e receberão um prêmio. Nesta quarta edição, o valor total da premiação será de R$ 1,8 milhão, sendo distribuídos R$ 360 mil por cada região, cabendo à primeira startup colocada o valor de R$ 100 mil e de R$ 52 mil para as outras cinco premiadas.

Para a ministra Luciana Santos, o edital reforça o compromisso do governo federal com políticas públicas para equidade de gênero. “A participação das mulheres na produção científica e tecnológica é uma questão de excelência e estimular a presença feminina no ecossistema de inovação é um instrumento para elevarmos os níveis de competividade da nossa economia”, afirmou.

Entre as novidades nesta edição estão temas alinhados com as diretrizes prioritárias como saúde, combate à fome, defesa e segurança nacional, transição energética, transformação digital e bioeconomia. “Esses são os eixos estratégicos que devem orientar a nossa atuação no sentido de buscar a reindustrialização do Brasil em novas bases”, enfatizou a ministra.

De acordo com o presidente da Finep, Celso Pansera, o programa é essencial para ampliar a presença feminina nas carreiras científicas e tecnológicas. “O Mulheres Inovadoras auxilia na redução da disparidade de gênero dentro da ciência com editais específicos”, explicou. “Não se justifica essa distância em função da diferença de gênero, raça e região. Políticas públicas para a redução da desigualdade são fundamentais para um país mais justo, melhor, contemporâneo e que ofereça condições melhores para todos os brasileiros”, finalizou Pansera.

Confira a chamada pública do edital da 4ª edição do Programa Mulheres Inovadoras clicando AQUI.

21 06 PEN ParticipeSimposio noticiaA coordenadora do PEN Inayá Corrêa Barbosa Lima está participando da sessão 1 "Nonproliferation and Nuclear Security Training and Education and the Role of the Civil Society in Capacity Building in Latin America" do Simpósio “Nuclear Non-Proliferation and Security for Women in STEM in Latin America and the Caribbean”, no dia 21 de junho, às 9h.

O evento vai do dia 19 até 23 de junho. Saiba mais AQUI.

22 06 PEN ParticipeDia noticiaEm comemoração ao Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, no dia 23 de junho será realizado mais um evento online com transmissão ao vivo pelo Canal YouTube do Crea-RJ.

A moderadora do evento será a Conselheira Federal, Carmen Petraglia; E as participantes serão: a Vice-Presidente do Crea-RJ, Teneuza Cavalcanti; a Diretora do Crea-RJ e Representante do Programa Mulher Crea-RJ, Yasmin Juliace; a Presidente do Conselho Diretor da ABEA Nacional, Cládice Diniz; e a Presidente da SEARJ, Maria Isabel Tostes.

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Fonte: CREA-RJ

12 06 PEN ProfMartinus noticiaO Prêmio Wolf em Agricultura 2023 é concedido ao professor Martinus Th. “Rien” van Genuchten, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, “pelo seu trabalho inovador na compreensão do fluxo de água e na previsão do transporte de contaminantes nos solos
Martinus Theodorus Van Genuchten, nascido em Vught, Holanda, recebeu sua educação inicial na Agricultural U, Wageningen, e seu doutorado nos Estados Unidos, na New Mexico State University. Van Genuchten teve uma carreira exemplar e influente, com inúmeras colaborações em todo o mundo. Ele também atuou como coeditor e vice-editor de nove periódicos e lançou o Vadose Zone Journal, dedicado à ciência do ambiente próximo à superfície.

A zona vadosa é a porção subsaturada do subsolo que fica acima do lençol freático. O solo e a rocha na zona vadosa não estão totalmente saturados de água; isto é, os poros dentro deles contêm tanto ar quanto água. O movimento da água dentro da zona vadosa é importante para a agricultura, transporte de contaminantes e controle de enchentes. É intensamente utilizado para o cultivo de plantas, construção de edifícios e eliminação de resíduos, e é crucial para determinar a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas disponíveis para uso humano.

Durante sua carreira de 40 anos, o professor Matinus transformou os amplos campos da física do solo e da hidrologia da zona vadosa, que são centrais para as operações agrícolas modernas e a ciência do clima. Ele criou uma base científica muito necessária para entender o fluxo de fluidos e os processos de transporte de contaminantes em solos não saturados, incluindo suas interações com a atmosfera acima e as águas subterrâneas abaixo. A hidrologia da zona vadosa contemporânea é impensável sem suas muitas contribuições, que estabeleceram vínculos entre agricultura, ciência do solo, geologia, ciências ambientais e engenharia civil. Particularmente importantes foram seus estudos sobre os processos básicos que regem o transporte de água e produtos químicos em sistemas de solo, com seu trabalho sobre o transporte fora do equilíbrio de produtos químicos agrícolas permanecendo um marco.
Ele foi pioneiro na representação de modelos de porosidade dupla e permeabilidade dupla considerando regiões líquidas móveis e imóveis em meios porosos insaturados, derivou novas soluções analíticas e numéricas e realizou alguns dos experimentos de laboratório e de campo mais definitivos para testar os modelos. Seus modelos melhoraram profundamente as previsões de fenômenos de campo complexos e motivaram uma avalanche de estudos em linhas semelhantes para abordar o transporte de água e produtos químicos em solos e rochas naturais. Por causa de suas atraentes propriedades matemáticas e sua simplicidade, as “equações de van Genuchten” são agora usadas universalmente em simuladores numéricos de fluxo subterrâneo e processos de transporte.
O Prof. Matinus recebe o Prêmio Wolf por reformular as disciplinas de física do solo e hidrologia da zona vadosa. Ele não apenas publicou centenas de artigos em revistas científicas, mas também escreveu manuais de usuário de seus muitos programas de computador que agora são usados em todo o mundo. Trouxe enorme visibilidade e credibilidade à profissão das ciências agrárias. Ele facilitou a formação de vínculos produtivos entre teóricos e práticos, jovens estudantes e cientistas talentosos e instituições em países desenvolvidos e menos desenvolvidos. Por todas as suas inúmeras contribuições para a agricultura, ciência do solo e hidrologia, o Prof. Matinus recebe o Prêmio Wolf de Agricultura de 2023.

Cerimônia do Prêmio Wolf, 15 de junho de 2023 às 16h30, horário de Israel.
Disponibilizaremos um link da transmissão ao vivo da cerimônia antes do evento. A cerimônia também pode ser vista em nosso FacebookYouTube ou pelo Website.

O Prof. Theodorus Recebeu o Prêmio Direto da Mãos do Presidente de Israel Isaac "Bougie" Herzog.
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