A coordenadora do PEN Inayá Corrêa Barbosa Lima está participando da sessão 1 "Nonproliferation and Nuclear Security Training and Education and the Role of the Civil Society in Capacity Building in Latin America" do Simpósio “Nuclear Non-Proliferation and Security for Women in STEM in Latin America and the Caribbean”, no dia 21 de junho, às 9h.
O evento vai do dia 19 até 23 de junho. Saiba mais AQUI.
O Prêmio Wolf em Agricultura 2023 é concedido ao professor Martinus Th. “Rien” van Genuchten, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, “pelo seu trabalho inovador na compreensão do fluxo de água e na previsão do transporte de contaminantes nos solos
Martinus Theodorus Van Genuchten, nascido em Vught, Holanda, recebeu sua educação inicial na Agricultural U, Wageningen, e seu doutorado nos Estados Unidos, na New Mexico State University. Van Genuchten teve uma carreira exemplar e influente, com inúmeras colaborações em todo o mundo. Ele também atuou como coeditor e vice-editor de nove periódicos e lançou o Vadose Zone Journal, dedicado à ciência do ambiente próximo à superfície.
A zona vadosa é a porção subsaturada do subsolo que fica acima do lençol freático. O solo e a rocha na zona vadosa não estão totalmente saturados de água; isto é, os poros dentro deles contêm tanto ar quanto água. O movimento da água dentro da zona vadosa é importante para a agricultura, transporte de contaminantes e controle de enchentes. É intensamente utilizado para o cultivo de plantas, construção de edifícios e eliminação de resíduos, e é crucial para determinar a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas disponíveis para uso humano.
Durante sua carreira de 40 anos, o professor Matinus transformou os amplos campos da física do solo e da hidrologia da zona vadosa, que são centrais para as operações agrícolas modernas e a ciência do clima. Ele criou uma base científica muito necessária para entender o fluxo de fluidos e os processos de transporte de contaminantes em solos não saturados, incluindo suas interações com a atmosfera acima e as águas subterrâneas abaixo. A hidrologia da zona vadosa contemporânea é impensável sem suas muitas contribuições, que estabeleceram vínculos entre agricultura, ciência do solo, geologia, ciências ambientais e engenharia civil. Particularmente importantes foram seus estudos sobre os processos básicos que regem o transporte de água e produtos químicos em sistemas de solo, com seu trabalho sobre o transporte fora do equilíbrio de produtos químicos agrícolas permanecendo um marco.
Ele foi pioneiro na representação de modelos de porosidade dupla e permeabilidade dupla considerando regiões líquidas móveis e imóveis em meios porosos insaturados, derivou novas soluções analíticas e numéricas e realizou alguns dos experimentos de laboratório e de campo mais definitivos para testar os modelos. Seus modelos melhoraram profundamente as previsões de fenômenos de campo complexos e motivaram uma avalanche de estudos em linhas semelhantes para abordar o transporte de água e produtos químicos em solos e rochas naturais. Por causa de suas atraentes propriedades matemáticas e sua simplicidade, as “equações de van Genuchten” são agora usadas universalmente em simuladores numéricos de fluxo subterrâneo e processos de transporte.
O Prof. Matinus recebe o Prêmio Wolf por reformular as disciplinas de física do solo e hidrologia da zona vadosa. Ele não apenas publicou centenas de artigos em revistas científicas, mas também escreveu manuais de usuário de seus muitos programas de computador que agora são usados em todo o mundo. Trouxe enorme visibilidade e credibilidade à profissão das ciências agrárias. Ele facilitou a formação de vínculos produtivos entre teóricos e práticos, jovens estudantes e cientistas talentosos e instituições em países desenvolvidos e menos desenvolvidos. Por todas as suas inúmeras contribuições para a agricultura, ciência do solo e hidrologia, o Prof. Matinus recebe o Prêmio Wolf de Agricultura de 2023.
Cerimônia do Prêmio Wolf, 15 de junho de 2023 às 16h30, horário de Israel.
Disponibilizaremos um link da transmissão ao vivo da cerimônia antes do evento. A cerimônia também pode ser vista em nosso Facebook, YouTube ou pelo Website.
O Prof. Theodorus Recebeu o Prêmio Direto da Mãos do Presidente de Israel Isaac "Bougie" Herzog.
O Professor Renato Machado Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, foi agraciado com a Luikov Medal, a mais importante premiação internacional na área de Transferência de Calor e Massa.
Cotta é o primeiro contemplado que atua no Hemisfério Sul e fora do conjunto de países considerados como desenvolvidos
A medalha é concedida, apenas a cada dois anos, pelo International Center for Heat and Mass Transfer (ICHMT), tendo sido atribuída pela primeira vez em 1979.
A premiação será entregue durante uma cerimônia específica que será realizada como parte da 17th International Heat Transfer Conference, de 14 a 18 de agosto.
Trata-se do principal evento na área, que ocorre a cada quatro anos, e terá a edição de 2023 realizada em Cape Town, na África do Sul. Após receber a medalha, o professor da Coppe irá proferir uma palestra plenária sobre seus principais desenvolvimentos científicos que o levaram a conquistar esta importante distinção
Resumo do Professor Renato Machado Cotta: Graduou-se em engenharia mecânica com ênfase nuclear (1981) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possui doutorado em engenharia mecânica e aeroespacial (1985) pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. É professor titular da Escola Politécnica e Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).
Foi presidente da Associação Brasileira de Ciências Mecânicas – ABCM (2000 a 2001), presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, MCTIC (2015 a 2017). Foi professor visitante pela Leverhulme Trust no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Londres, na Inglaterra (2018). Suas linhas de pesquisa abrangem transferência de calor e massa, Colabora no Programa de Engenharia Nuclear da COPPE UFRJ orientando em conjunto os alunos da pós grauzão com o Prof Su Jian, chefe da escola politécnica da ufrj.
O engenheiro Renato Machado Cotta, membro titular da Academia Brasileira de Ciências foi nomeado presidente da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) no dia 17 de novembro de 2015 no Diário Oficial da União. Desde 2019 encontra-se cedido à Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (AMAZUL), em cargo comissionado como Consultor Técnico na Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Ministério da Defesa.
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Fonte: Caiafamaster
I Encontro de Mulheres na Ciência
Educação, Tecnologia e Novos Saberes
Clique AQUI para realizar sua inscrição.
Data: 13.06.2023
Programação
10-11h: Apresentação do grupo
11-12h: Conversa com Dani Balbi
12-14h: Pausa para almoço
14-16h: Roda de conversa
Programação completa AQUI.
À medida que aumenta sua presença nos programas nucleares, a AMAZUL torna-se a maior empregadora de engenheiros nucleares que estão se formando no País e terá papel importante na capacitação dos profissionais para o setor.
Essa foi uma das conclusões do painel sobre formação e capacitação no setor nuclear, realizado no dia 3 de maio na NT2E, feira de negócios nucleares promovida pela ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares.
Mediado pela professora Inayá Lima, chefe do Programa de Pós-Graduação em Energia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o painel teve a participação do professor Su Jian, do Departamento de Engenharia Nuclear da UFRJ, do pesquisador Leslie de Molnary, atualmente coordenador-geral de Ciências e Tecnologias Nucleares da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, e de Tomé Albertino, gerente de Gestão do Conhecimento da AMAZUL.
No evento, o cientista Su Jian destacou que a formação de profissionais é um dos maiores desafios do País, diante do cenário de alavancagem dos programas nucleares, principalmente com a perspectiva de construção de novas usinas e de fabricação de pequenos reatores modulares. Segundo ele, para apenas 10 reatores instalados, o Brasil precisaria ter cerca de 3 mil engenheiros nucleares, número que está longe de ser atingido.
Su Jian lembrou que os Estados Unidos, com 15 mil engenheiros nucleares, formam cerca de 3 mil profissionais por ano para reposição do mercado.
Os painelistas observaram, ainda, que o setor sofre a concorrência de outras áreas, como as de petróleo e gás, e mesmo a financeira, que oferecem propostas mais atrativas de trabalho para os engenheiros que são importantes para os empreendimentos nucleares.
Convidado a falar, o diretor-presidente da AMAZUL, Newton Costa, ressaltou que os empreendimentos nucleares no Brasil estão na esfera estatal e dependem de dotações orçamentárias do governo. “Mas, a depender da AMAZUL, todos os engenheiros nucleares que passarem nos concursos serão contratados.”
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. ou simplesmente Amazul é a uma empresa pública criada pelo governo brasileiro com a atribuição de desenvolver tecnologias ao Programa Nuclear Brasileiro e ao setor nuclear da Marinha do Brasil.
A AMAZUL foi criada por autorização da Lei N° 12.706 de 8 de agosto de 2012, sob forma de sociedade anônima, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio e constitui a 126ª estatal brasileira. O nome da estatal faz referência a extensão marítima brasileira que a própria Marinha do Brasil convencionou denominar Amazônia Azul.
A sede da AMAZUL está localizada em São Paulo, além de unidades em Iperó (SP) e Itaguaí (RJ).