Na penúltima semana de junho, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), embaixador Rafael Mariano Grossi, esteve em missão oficial no Brasil. No dia 21 de junho, participou de uma cerimônia na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), localizada em Botafogo, Rio de Janeiro.
O evento contou, entre outros, com a participação das alunas de pós-graduação Mayara Francisca Reis de Souza e Ludimila Silva Salles de Sá, do Programa de Engenharia Nuclear (PEN) da COPPE/UFRJ, do laboratório LASME, chefiado pelo Prof Su Jian (Chefe do Departamento de Engenharia Nuclear da POLI UFRJ). As alunas foram contempladas pelo Marie Sklodowska-Curie Fellowship Program, um programa de parceria com a AIEA que seleciona cientistas mulheres de excelência no Rio de Janeiro. Elas tiveram a oportunidade de conversar com o diretor Rafael Mariano Grossi, que comentou em suas redes sociais: "Good to meet the talented participants of MSCFP here in Rio." que significa "Que bom encontrar as talentosas participantes da MSCFP-IAEA aqui no Rio" com a #NuclearNeedsWomen que é o principal foco do programa.
Representando a área nuclear com grande destreza, em nome da coordenação do PEN, as alunas entregaram duas medalhas ao diretor. Uma em comemoração aos 55 anos do programa de Engenharia Nuclear e outra em comemoração ao Congresso de Tecnologia e Inovação no Setor Nuclear (TINS). "Foi uma honra estar presente em uma cerimônia de suma importância para nossa amada área nuclear e para o fortalecimento do nosso país. Isso mostra o quanto podemos fazer a diferença quando há dedicação, é gratificante ser uma Marie Curie e agradeço todo suporte oferecido pela IAEA. ", afirmou Mayara. Segundo Ludimila " Foi um imenso prazer e honra poder estar ali, e agradeço por todas as oportunidades e iniciativas que a agência permite ao redor do mundo. Sou grata por fazer parte de algo tão grandioso e poder representar meu país ao redor do mundo."
As alunas também estiveram presentes no encontro em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, na sede da AIEA em Viena, Áustria, em março deste ano.
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As professoras da Escola Politécnica da UFRJ Monica Pertel e Inayá Lima tiveram seus projetos aprovados na segunda edição do Programa Meninas e Mulheres nas Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Computação, edital da Faperj que visa apoiar a participação feminina em áreas em que tradicionalmente a presença masculina ocorre com mais frequência. No total foram selecionados 33 projetos, de um total de 74 propostas recebidas, e o resultado foi divulgado no último dia 13 de junho.
O edital prevê incentivos voltados para promover o despertar do interesse vocacional de meninas e mulheres da Educação Básica (Ensino Fundamental, a partir do 6º ano e Ensino Médio) e do Ensino Superior para a pesquisa científica e tecnológica nas áreas contempladas pelo programa (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Computação), com projetos desenvolvidos em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro.
Os recursos alocados para o financiamento dos projetos aprovados são da ordem de R$ 3,5 milhões, existindo ainda a possibilidade de concessão de bolsas nas seguintes modalidades: Pré-iniciação Científica (Jovens Talentos – JT), Iniciação Científica (IC) e Treinamento e Capacitação Técnica (TCT).
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Fonte: Faperj
A engenheira química Verônica Calado fez história como a primeira mulher a coordenar uma área de Engenharias na CAPES. Graduada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado e doutorado pelo Programa de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição em que leciona desde 1989, ela assume a coordenação de Engenharia II. O convite foi, em suas palavras, algo “inesperado e bem-vindo”.
Verônica reconhece a importância de ser a primeira mulher a ocupar uma coordenação das Engenharia e pondera que “levou muito tempo para que isso acontecesse”. Há muitas mulheres nas engenharias há certo tempo, “mas só agora uma assumiu a coordenação de uma das engenharias, coincidentemente a mais feminina delas”, a Engenharia Química. Na UFRJ, seus trabalhos tratam do aproveitamento da biomassa, análises térmicas, estatística aplicada e compósitos poliméricos, quando dois materiais são misturados para obter um produto com uma qualidade superior aos originais.
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Fonte: GOV BR
A professora Inayá Lima, da Escola Politécnica da UFRJ e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear da COPPE/UFRJ, esteve presente na audiência pública das Comissões de Minas e Energia e de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde, realizada na Câmara dos Deputados no dia 19 de junho de 2024. O convite foi feito pelo Deputado Federal Júlio Lopes, presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares.
Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, Júlio Lopes, e a professora Inayá Lima.
O tema abordado, de grande relevância para o setor, foi "A Crescente Importância da Energia Nuclear no Cenário Global".
Profª Drª Inayá Lima - Por: Edwaldo Costa
Diversas autoridades do setor nuclear estiveram presentes. A professora Inayá Lima destacou as valiosas contribuições do Diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL), Newton Costa, e do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria. Ambos enfatizaram a importância de investir em recursos humanos no setor nuclear, especialmente aqueles oriundos da academia. Essa colaboração já ocorre entre essas instituições e a Engenharia Nuclear da UFRJ, que celebrou 55 anos do seu curso de pós-graduação em Engenharia Nuclear no ano passado e completará 15 anos de seu curso de graduação no próximo ano. A graduação da UFRJ é pioneira no país e a única com uma grade curricular de cinco anos voltada para as principais áreas de concentração, abrangendo tanto reatores quanto as aplicabilidades da física nuclear para a sociedade.
A abertura do evento contou com a presença do Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, que ressaltou a importância do Brasil no cenário mundial da energia nuclear.
DG Rafael Grossi (IAEA) e a professora Inayá Lima na divulgação do livro “Mulheres Nucleares” no evento promovido pela Diamante Energia e a ABDAN.
Tecnologia nuclear tem se mostrado uma aliada poderosa no campo da saúde, especialmente através da medicina nuclear e, nos últimos anos, com o desenvolvimento de hidrogéis com nanopartículas de prata irradiados, produzidos por irradiação gama ou feixe de elétrons. Na segunda-feira, 10, lotes desses curativos inovadores, desenvolvidos no Laboratório do SisNANO da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – NuclearNano, foram enviados ao Rio Grande do Sul para auxiliar no tratamento de cavalos resgatados de uma hotelaria em Eldorado do Sul (RS).
Vítimas de "síndrome de imersão" – o popular "choque térmico", os cavalos apresentam lesões graves na pele, o maior órgão do corpo desses equinos. Em alguns casos, até 50% da pele está lesioanda, comprometendo a parte sistêmica e exigindo cuidados especiais para prevenir infecções e promover a cicatrização com segurança. Reconhecendo a gravidade da situação, um grupo de veterinários da Clinvet Guadalupe, responsáveis pelo tratamento dos animais, procurou os pesquisadores do NuclearNano em busca de colaboração para tentar salvar os cavalos.
Ademar Benévolo Lugão, coordenador do NuclearNano, explica que os curativos à base de hidrogéis com nanopartículas de prata passam pelo processo de irradiação, ocorrendo a gelificação de forma simultânea à esterilização do curativo. O pesquisador ressalta que a irradiação também colabora para a formação e a estabilidade das nanopartículas de prata. “Como o o processo utiliza apenas uma etapa de esterilização por radiação, permite que os curativos sejam produzidos com custos baixíssimos, em torno de R$ 1 poe curativo de 100cm2”, acrescenta Lugão.
Os hidrogeis são irradiados no Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN em São Paulo, localizada na Cidade Universitária. Compostos por 90% de água, propiciam um ambiente úmido que, de acordo com Lugão, estimula a recuperação das lesões. “Além disso, é totalmente transparente, permeável ao oxigênio, não aderente à ferida, resistente à manipulação por enfermeiros, porém, extremamente macio, de forma a se constituir numa segunda pele, diminuindo ou mesmo eliminando a dor das feridas”, afirma o pesquisador.
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Fonte: Comissão Nacional de Energia Nuclear